Ontem (04.07.11) foram divulgados os dados estatisticos referente ao último exame da Ordem dos Advogados do Brasil, realizado no final do ano passado. Até então, nada demais, em se tratando de uma das mais atuantes classes profissionais do Brasil.
O fato é que nem os mais pessimistas, esperavam um resultado tão ruim. Dos cerca de 110 mil candidatos que prestaram o exame, apenas 12 mil conseguiram ser aprovados. Isso representa quase 90% de reprovação.Não bastasse isso, cerca de 81 instituições de ensino não conseguiram, sequer, aprovar 1 aluno.
O que pensar de tais resultados? Já li, ouvi diversos comentários a respeito, cada um com suas justificativas que nada acrescentam e que buscam incessantemente achar um culpado a ser crucificado. Está na hora do ministério da educação e orgãos correlatos assumirem o seu papel de gestão "ativa" do mercado, coordenando politicas mais severas para a criação de novos cursos e abertura de novas instituições. O "negócio" do governo nos últimos anos tem sido fomentar o ensino nos seus diferentes niveis (fundamental,médio,superior), focando a quantidade e não a qualidade. De que adianta ter todas as crianças na escola, programa de bolsas para cursos técnicos (como tem sido proposto), ou até mesmo programas de financiamento estudantil, se as instituições não tem a minima condição fisica e de corpo docente para prover uma educação de qualidade?
A OAB ,como já foi referenciado, trava uma luta quase que diaria para manter a sua credibilidade alcançada no decorrer da história. Ela exerce, através do seu exame, um papel que deveria ser do estado, que "camufla" a sua responsabilidade com programas governamentais de incentivo, que auxilia, mas não resolve o problema.
Só fico imaginando uma coisa:Se o ensino juridico está assim,como estaria nossos futuros médicos??? Dá medo até de pensar.
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